Quando eu fui um rato romântico

13set10

Eu lembro da primeira peça de teatro que eu fiz. Primeiro, pra vocês entenderem a dificuldade da coisa, eu era realmente muito timido. Eu nem conversava com professores, eu tinha problemas com essas coisas.
E minha vida no teatro comeceu simples. Minha mãe me ligou, perguntou se eu queria fazer e eu disse sim. Não sei exatamente o porque, mas eu falei sim. Eu tava quarta série e metade da minha sala começou a fazer também, era legal até.

Enfim, um dia surgiu a primeira peça. Chamava ‘O encanto dos brinquedos’. Ia ter até um teste pra participar, pois eram umas 40 crianças pra 8 papéis eu acho. Alguma coisa assim. E só 3 eram pra muleques.
E eu nem lembro porque eu resolvi participar também, mas eu sei que fiquei uma semana decorando o texto do rato. Tanto que ainda sei de cabeça até hoje! haushas No dia, eu passei a tarde no trampo da minha mamis. O teste ia ser depois das 18h. E eu fiquei trancado numa sala decorando e falando em voz alta. Minha mãe passava lá as vezes, pra ver se eu tava vivo ainda…

Faltando 1 hora, ela mandou eu andar de bicicleta pra relaxar. Mas não adiantou muita coisa eu acho. Enfim, 18 horas eu estava lá. O teste seria de 3 em 3 pessoas, pois tinham 3 personagens no texto que era para decorarmos. Então, ficamos todos lá fora, enquanto alguns entravam e depois voltavam. É muito tenso, porque eu lembro que uma guria voltou chorando, porque tinha errado. Dai eu já comecei a me sentir muito bem! O Luiz Ricardo foi chamado antes de mim. Pra mim parecia óbvio que ele fosse passar. Ele tava todo confiante e era melhor que eu pra isso. E, quando ele saiu do salão, ele falo que tinha gaguejado e que num ia passar.

Ai o Danzinho já ficou com o cu na mão. Me lembrei que minha mãe tinha me dito antes de eu sair: tudo bem se não passar filho.
As mães sempre sabem como animar, mas de verdade, nem eu achava que iria passar. Até que chegou minha hora! Entrei no salão com mais duas meninas e subi no palco. Olhei pra baixo, estava o Arilson, a Michelly, a Andréa psicóloga e a Roberta fono. Eles mandaram a gente começar e a menina que faria o narrador começou.
Ela tava roxa e meio de costa e falou tudo correndo, não demorou nem 10 segundos direito. Me apresentou, (eu era o rato, que se apaixonava pela lua) e chegou minha fala, eu ajoelhei, coloquei minha mão no coração e apontei com a outra pra menina que fazia a lua..

“Lua minguante, lua crescente,
declaro ser o seu mais lindo amante!
Com você eu quero me casar,
fazer da noite escura o nosso altar.”

E terminou minha fala. A menina que fazia a lua começou a cantar a fala dela. Foi estranho. E eu fiquei com cara de bobo, ajoelhado em cima do palco. =x
Acabou e fomos lá fora.
Depois chamaram todos lá dentro. E iam chamando criança por criança, os escolhidos, ficariam de pé e estariam na peça. A primeira escolhida foi minha vizinha, eu já pensei: ‘ótimo, vou ter que aguentar isso o resto da minha vida!’
Dai chamaram um povo que eu não conhecia e 2 muleques. Só faltava um e o Luiz Ricardo ainda tava sentado, eu já pensei em como explicar pra minha mãe que tinha sido uma merdinha. Já havia bolado umas explicações bem legaizinhas!
Mas, dai o Arilson falou: ‘Danilo’. O.o
Eu fiquei em choque e tremulo, levantei, tropecei e fui com os outros. Era engraçado estar ali, pois agora eu via todo mundo sentado chorando e eu me sentia leve…

Enfim, assim foi o teste, o Luiz não passou e no outro dia falariam quem faria o que. Os personagens eram: uma boneca tipo emilia, uma bailarina meiga, um palhaço inteligente, um soldado (que era o mais legal, porque falava do Goku =P ), um urso de pelucia meio feliz, um pato falante e irritante, uma vovó, um cavalo-de-pau que só falava a última fala, o padrinho mágico que era o Arilson e duas crianças.
Adivinha qual eu fiz! =D
(Não, não era a bailarina!) ¬¬

Eu fiz o urso Pimpão!
ahhauhsas
Foi uma felicidade…

Enfim, minha história termina aqui eu acho. Não quero contar sobre a peça. Eu só queria dizer que é assim que as coisas são. Sei lá, um sim que você diga, quando alguém te liga em uma tarde chata, pode te levar a fazer coisas que você nunca imaginaria. E isso pode ser realmente incrivel! *-*
Daquele menininho vergonhoso, eu virei isso. ahushauhs
E, não sei exatamente o que eu quero dizer. Mas espero que alguma coisa sirva pra alguém…

força sempre!



6 Responses to “Quando eu fui um rato romântico”

  1. coisas assim acontecem.

  2. 2 Marcela

    DAUHSFUHDSFUHSDUHFUHSDUHFUHDSFUHDSHFB, que fofo gente
    e eu jurava que você tinha feito a bailarina :T BASDHUSAUHDSHAUDUHSAUHDSAHUD, eu ri muito o post todo, mas gostei tanto *-*
    e ah, pode falar, você ainda morre de vergonha ¬¬ DBHSHUADHUSAUHD

  3. “agora eu via todo mundo sentado chorando e eu me sentia leve…”
    depois eu que sou ruim.
    sei cantar a música do rato, é demais *o*

  4. 4 soalgumasletras

    conheço a fala do rato passa na cultura.
    e como a gábi disse, coisas assim acontecem².

  5. 5 Bihh

    “Sei lá, um sim que você diga, quando alguém te liga em uma tarde chata, pode te levar a fazer coisas que você nunca imaginaria. E isso pode ser realmente incrivel! *-*”

    Isso me lembra o último feriado :X
    AHUAHUAH
    E sim, eu tbm podia jurar que vc tinha feito a bailarina.

  6. 6 Suúh

    adorei


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