paleta de cores
algumas coisas e sensações não cabem em catálogos, livros ou conselhos de amigos. parece que algumas coisas às vezes não cabem nada. não adianta tentar fazer uma cartilha com a paleta de cores da fotografia exuberante que é sua respiração perto da minha, ou dos movimentos circulares do seu braço enquanto faz brigadeiro na panela quente, mesmo sabendo que seria uma tentativa válida, já que me convenceria sem esforço de que o mundo vale a pena – e que fica ainda melhor quando não nos enquadramos em nenhuma classificação.
eu queria mesmo era conseguir guardar suas cores em mim, num registro convincente – mesmo que pouco preciso, mas que não soe difuso depois de um tempo. queria que soubesse que suas cores são minhas favoritas, que saltam aos olhos e entram pelo meus poros, fazendo parte da minha pele, suas cores, pintam em meus detalhes o que eu não sabia colorir sozinho e, contrariando todo registro opaco, as luzes invadem o quarto quando você me diz ‘bom dia’.
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Tags:bom dia, paleta de cores
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